Salve São Cosme e
São Damião!!!!!
Os santos gêmeos, morreram em cerca de 300 d.C. Sua festa é celebrada em 27 de setembro. Somente a igreja Católica comemora no dia 26 de setembro, pois, segundo o calendário católico, o dia 27 de setembro é o dia de São Vicente de Paulo.
Biografia
Há relatos que atestam serem
originários da Arábia,
de uma família nobre de pais cristãos, no século III.
Seus nomes verdadeiros eram Acta e
Passio.
Estudaram medicina na Síria
e depois foi praticá-la em Egéia. Diziam "Nós
curamos as doenças em nome de Jesus Cristo
e pelo seu poder".
Exerciam a medicina na Síria, em
Egéia e na Ásia Menor, sem receber qualquer pagamento. Por
isso, eram chamados de anargiros,
ou seja, inimigos do dinheiro.
Cosme e Damião foram martirizados
na Síria,
porém é desconhecida a forma exata como morreram. Perseguidos por Diocleciano,
foram trucidados e muitos fiéis transportaram seus corpos para Roma.
Foram sepultados no maior templo
dedicado a eles, feito pelo Papa Félix IV
(526-30), na Basílica no Fórum de Roma com as iniciais SS
- Cosme e Damião.
Versões de suas
mortes
Há várias versões para suas
mortes, mas nenhuma comprovada por documentos históricos. Uma das fontes relata
que eram dois irmãos, bons e caridosos, que realizavam milagres e por isso
teriam sido amarrados e jogados em um despenhadeiro sob a acusação de
feitiçaria e de serem inimigos dos deuses romanos.
Segundo outra versão, na primeira
tentativa de matá-los, foi afogada, mas salvos por anjos. Na segunda, foram
queimados, mas o fogo não lhes causou dano algum. Apedrejados na terceira vez,
as pedras voltaram para trás, sem atingi-los. Por fim, morreram degolados.
Lendas: Existiam num reino dois pequenos príncipes gêmeos
que traziam sorte a todos. Os problemas mais difíceis eram resolvidos por eles;
em troca, pediam doces balas e brinquedos. Esses meninos faziam muitas
traquinagens e, um dia, brincando próximos a uma cachoeira, um deles caiu no rio e morreu afogado. Todos
do reino ficaram muito tristes pela morte do príncipe. O gêmeo que sobreviveu
não tinha mais vontade de comer e vivia chorando de saudades do seu irmão,
pedia sempre a orumilá que o levasse para perto do irmão. Sensibilizado pelo
pedido, orumilá resolveu levá-lo para se encontrar com o irmão no céu, deixando
na terra duas imagens de barro. Desde então, todos que precisam de ajuda deixam
oferendas aos pés dessas imagens para ter seus pedidos atendidos.
Semelhanças com a Mitologia Grega
Na mitologia grega, há muito se
cultuava esses santos, havendo registros, desde o século V, quando esse culto
já estava estabilizado no Mediterrâneo,
de cultos que relatam a existência, em seus cultos, de um óleo santo, atribuído
a Cosme e Damião, e que tinha o poder de curar doenças e dar filhos às mulheres
estéreis.
Alguns grupos concentram seus
esforços para demonstrar que Cosme e Damião não existiram de fato, que eram
apenas a versão cristã da lenda dos filhos gêmeos de Zeus, Castor e
Pólux. Esta versão é combatida por aqueles que acreditam na real
existência dos irmãos, embora a superstição que o povo tem muitas vezes faça
supor que haja uma adaptação do costume pagão.
Relação com as religiões afro-brasileiras
O dia de São Cosme e Damião é
celebrado também pelo Candomblé, Batuque, Xangô do Nordeste, Xambá
e pelos centros de Umbanda onde são associados aos ibejis, gêmeos amigos das
crianças que teriam a capacidade de agilizar qualquer pedido que lhes fosse
feito em troca de doces e guloseimas. O nome Cosme significa "o
enfeitado" e Damião, "o popular".
Estas religiões os celebram no
dia 27 de
setembro, enfeitando seus templos com bandeirolas e alegres
desenhos, tendo-se o costume, principalmente no Rio de Janeiro, de dar às
crianças que lotam as ruas em busca dos agrados doces e brinquedos. Na Bahia,
as pessoas comemoram oferenda caruru, vatapá, doces e pipoca para a vizinhança.
Salve os Erês !!!! É o intermediário entre a pessoa e seu Orixá, é o aflorar da criança que cada um guarda dentro de si; reside no ponto exato entre a consciência da pessoa e a inconsciência do orixá. É por meio do Erê que o Orixá expressa sua vontade, que o noviço aprende as coisas fundamentais do candomblé, como as danças e os ritos específicos de seu Orixá.
A palavra Eré vem do yorubá, iré, que significa "brincadeira, divertimento". Daí a expressão siré que significa “fazer brincadeiras”. O Ere(não confundir com criança que em yorubá é omodé) aparece instantaneamente logo após o transe do orixá, ou seja, o Erê é o intermediário entre o iniciado e o orixá. Durante o ritual de iniciação, o Erê é de suma importância pois é o Erê que muitas das vezes trará as várias mensagens do orixá do recém-iniciado.
O Erê é às vezes confundido com ibeji, que na verdade é a inconsciência do novo omon-orixá, pois o Erê é o responsável por muita coisa e ritos passados durante o período de reclusão. O Erê conhece todas as preocupações do iyawo (filho), também, aí chamado de omon-tú ou “criança-nova”. O comportamento do iniciado em estado de “Erê” é mais influenciado por certos aspectos de sua personalidade, que pelo caráter rígido e convencional atribuído a seu orixá. Após o ritual do orúko, ou seja, nome de iyawo segue-se um novo ritual, ou o reaprendizado das coisas chamado Apanan.
A confusão entre Ibeji e Erê é muito frequente, ao ponto que em algumas casas de candomblé e batuque Ibeji é referido como Erê (criança) que se manifesta após a chegada do orixá, em outras são cultuados como Xangô e ou Oxum crianças. Porém na verdade Ibeji é um orixá independente dos Erês. Dado o facto conhecido e recorrente de que muita gente transita entre o Candomblé e a Umbanda, é também natural que esta confusão se acentue, dados os conceitos e entendimentos diferentes que existem nas duas religiões e que muitas vezes as pessoas não conseguem diferenciar.
Na Umbanda
Erês, Ibejada, Dois-Dois, Crianças, ou Ibejis são entidades de carácter infantil, que simbolizam pureza, inocência e singeleza e se entregam a brincadeiras e divertimentos. Pedem-lhes ajuda para os filhos, para fazer confidências e resolver problemas. Geralmente supõe-se que são espíritos que desencarnaram com pouca idade e trazem características da sua última encarnação, como trejeitos e fala de criança e o gosto por brinquedos e doces. Diz-se que optaram por continuar sua evolução espiritual através da prática de caridade, incorporando em médiuns nos terreiros de Umbanda. São tidos como mensageiro dos Orixás, respeitados pelos caboclos e pretos-velhos. Geralmente, são agrupados em uma linha própria, chamada de Linha das Crianças, Linha de Yori ou Linha de Ibeji. Costumam ter nomes típicos de crianças brasileiras, como Rosinha, Mariazinha, Ritinha, Pedrinho, Paulinho e Cosminho. Seus líderes de falange incluem Cosme e Damião. Comem bolos, balas, refrigerantes, normalmente guaraná e frutas.
As Crianças ERÊS (Beijada)
É a
alegria que contagia a Umbanda. Descem nos terreiros simbolizando a pureza, a
inocência e a singeleza. Seus trabalhos se resumem em brincadeiras e
divertimentos. Podemos pedir-lhes ajuda para os nossos filhos, resolução de
problemas, fazer confidências, mexericos, mas nunca para o mal, pois eles não
atendem pedidos dessa natureza. São espíritos que já estiveram encarnados na
terra e que optaram por continuar sua evolução espiritual através da prática de
caridade, incorporando em médiuns nos terreiros de Umbanda. Em sua maioria,
foram espíritos que desencarnaram com pouca idade (terrena), por isso trazem
características de sua última encarnação, como
o trejeito e a fala de criança, o gosto por brinquedos e doces. Assim como
todos os servidores dos Orixás, ela também tem funções bem específicas, e a
principal delas é a de mensageiro dos Orixás, sendo extremamente respeitados
pelos caboclos e pelos preto-velhos. É uma falange de espíritos que assumem em
forma e modos, a mentalidade infantil. Como no plano material, também no plano
espiritual, a criança não se governa, tem sempre que ser tutelada. É a única
linha em que a comida de santo (Amalás), leva tempero especial (açúcar). É
conhecido nos terreiros de Nação e Candomblé, como (ÊRES ou IBEJI). Na
representação nos pontos riscados, Ibeji é livre para utilizar o que melhor lhe
aprouver. A linha de Ibeji é tão independente quanto à linha de Exu. Ibeijada,
Erês, Dois-Dois, Crianças, Ibejis, são esses vários nomes para essas entidades
que se apresentam de maneira infantil.
No Candomblé, o Erê, tem uma função
muito importante. Como o Orixá não fala, é ele quem vem para dar os recados do
pai. É normalmente muito irrequieto, barulhento, às vezes brigão, não gosta de
tomar banho, e nas festas se não for contido pode literalmente botar fogo no
oceano. Ainda no Candomblé, o Erê tem muitas outras funções, o Yaô, virado no
Erê, pode fazer tudo o que o Orixá não pode até mesmo as funções fisiológicas
do médium, ele pode fazer. O Erê muitas vezes em casos de necessidade extrema
ou perigo para o médium, pode manifestar-se e trazê-lo para a roça, pegando até
mesmo uma condução se for o caso. Na Umbanda mais uma vez, vemos a diferença
entre as entidades/divindades. A Criança na Umbanda é apenas uma manifestação
de um espírito cujo desencarne normalmente se deu em idades infanto-juvenis.
São tão barulhentos como os Erês, embora alguns fossem bem mais tranqüilos e
comportados. No Candomblé, os Erês, têm normalmente nomes ligados ao dono da
coroa do médium. Para os filhos de Obaluaiê, Pipocão, Formigão, para os de Oxossi, Pingo Verde, Folinha
Verde, para os de Oxum, Rosinha, para os de Yemanjá, Conchinha Dourada e por ai
vai. As Crianças da Umbanda tem os nomes relacionados normalmente a nomes comuns,
normalmente brasileiros. Rosinha, Mariazinha, Ritinha, Pedrinho, Paulinho,
Cosminho, etc. As crianças de Umbanda comem bolos, balas, refrigerantes,
normalmente guaraná e frutas, os Erês do Candomblé além desses, comem frangos e
outras comidas ritualísticas como o Caruru, etc... Isso não quer dizer que uma
Criança de Umbanda não poderá comer Caruru, por exemplo. Com Criança tudo pode
acontecer. Quando incorporadas em um médium, gostam de brincar, correr e fizer
brincadeiras (arte) como qualquer criança. É necessária muita concentração do
médium (consciente), para não deixar que estas brincadeiras atrapalhem na
mensagem a ser transmitida. Os "meninos" são em sua
maioria mais bagunceiros, enquanto que as "meninas" são mais quietas
e calminhas. Alguns deles incorporam pulando e gritando, outros descem
chorando, outros estão sempre com fome, etc... Estas características, que às
vezes nos passam despercebido, são sempre formas que eles têm de exercer uma
função específica, como a de descarregar o médium, o terreiro ou alguém da
assistência. Os pedidos feitos a uma criança incorporada normalmente são
atendidos de maneira bastante rápida. Entretanto a cobrança que elas fazem dos
presentes prometidos também é. Nunca prometa um presente a uma criança e não o
dê assim que seu pedido for atendido, pois a "brincadeira" (cobrança)
que ela fará para lhe lembrar do prometido pode não ser tão
"engraçada" assim. Poucos são aqueles que dão importância devida às
giras das vibrações infantis. A exteriorização da mediunidade é apresentada
nesta gira sempre em atitudes infantis. O fato, entretanto, é que uma gira de
criança não deve ser interpretada como uma diversão, embora normalmente seja
realizada em dias festivos, e às vezes não consigamos conter os risos diante
das palavras e atitudes que as crianças tomam. Mesmo com tantas diferenças é
possível notar-se a maiores características de todos, que é mesmo a atitude
infantil, o apego a brinquedos, bonecas, chupetas, carrinhos e bolas, como os
quais fazem as festas nos terreiros, com as crianças comuns que lá vão à busca
de tais brinquedos e guloseimas nos dias apropriados. A festa de Cosme e
Damião, santos católicos sincretizados com Ibeiji, a 27 de Setembro é muito
concorrida em quase todos os terreiros dos pais. Uma curiosidade: Cosme e
Damião foram os primeiros santos a terem uma igreja erigida para seu culto no
Brasil. Ela foi construída em Igarassu, Pernambuco e ainda existe. Não gostam
de desmanchar demandas, nem de fazer desobsessões. Preferem as consultas, e em
seu decorrer vão trabalhando com seu elemento de ação sobre o consulente,
modificando e equilibrando sua vibração, regenerando os pontos de entrada de
energia do corpo humano. Esses seres, mesmo sendo puros, não são tolos, pois
identificam muito rapidamente nossos erros e falhas humanas. E não se calam
quando em consulta, pois nos alertam sobre eles. Muitas entidades que atuam sob
as vestes de um espírito infantil, são muito amigas e têm mais poder do que
imaginamos. Mas como não é levado muito a sério, o seu poder de ação fica
oculto, são conselheiros e curadores, por isso foram associados à Cosme e
Damião, curadores que trabalhavam com a magia dos elementos. MAGIA DA CRIANÇA O
elemento e força da natureza correspondente a Ibeji são... Todos, pois ele
poderá, de acordo com a necessidade, utilizar qualquer dos elementos. Eles
manipulam as energias elementares e são portadores naturais de poderes só
encontrados nos próprios Orixás que os regem. Estas entidades são a verdadeira
expressão da alegria e da honestidade, dessa forma, apesar da aparência frágil,
são verdadeiros magos e conseguem atingir o seu objetivo com uma força imensa,
atuam em qualquer tipo de trabalho, mas, são mais procurados para os casos de
família e gravidez. A Falange das Crianças é uma das poucas falanges que
consegue dominar a magia. Embora as crianças brinquem, dancem e cantem, exigem
respeito para o seu trabalho, pois atrás dessa vibração infantil, se escondem
espíritos de extraordinários conhecimentos. Imaginem uma criança com menos de
sete anos possuir a experiência e a vivência de um homem velho e ainda gozar a
imunidade própria dos inocentes. A entidade conhecida na umbanda por erê é
assim. Faz tipo de criança, pedindo como material de trabalho chupetas,
bonecas, bolinhas de gude, doces, balas e as famosas águas de bolinhas - o
refrigerante e tratam a todos como tio e vô. Os erês são, via de regra,
responsáveis pela limpeza espiritual do terreiro. ONDE MORAM AS CRIANÇAS A
respeito das crianças desencarnadas, passamos a adaptar um interessante texto
de Leadbeater, do seu livro "O que há além da Morte". "A vida
das crianças no mundo espiritual é de extrema felicidade. O espírito que se desprende
de seu corpo físico com apenas alguns meses de idade, não se acostumou a esse e
aos demais veículos inferiores, e assim a curta existência que tenha nos mundos
astrais e mentais lhe será praticamente inconsciente. Mas o menino que tenha
tido alguns anos de existência, quando já é capaz de gozos e prazeres
inocentes, encontrará plenamente nos planos espirituais as coisas que deseje. A
população infantil do mundo espiritual é vasta e feliz, a ponto de nenhum de
seus membros sentir o tempo passar. As almas bondosas que amaram seus filhos
continuam a amá-los ali, embora as crianças já não tenham corpo físico, e
acompanham-nas em seus brinquedos ou em adverti-las a evitar aproximarem-se de
quadros pouco agradáveis do mundo astral." "Quando nossos corpos
físicos adormecem, acordamos no mundo das crianças e com elas falamos como
antigamente, de modo que a única diferença real é que nossa noite se tornou dia
para elas, quando nos encontram e falam, ao passo que nosso dia lhes parece uma
noite durante a qual estamos temporariamente separados delas, tal qual os
amigos se separam quando se recolhem à noite para os seus dormitórios. Assim,
as crianças jamais acham falta do seu pai ou mãe, de seus amigos ou animais de
estimação, que durante o sono estão sempre em sua companhia como antes, e mesmo
estão em relações mais íntimas e atraentes, por descobrirem muito mais da
natureza de todos eles e os conhecerem melhor que antes. E podemos estar certos
de que durante o dia elas estão cheias de companheiros novos de divertimento e
de amigos adultos que velam socialmente por elas e suas necessidades,
tomando-as intensamente felizes." Assim é a vida espiritual das crianças
que desencarnaram e aguardam sempre felizes, acompanhadas e protegidas, uma
nova encarnação. É claro que essas crianças, existindo dessa maneira, sentem-se
profundamente entristecidas e constrangidas ao deparar-se com seus pais, amigos
e parentes lamentando suas mortes físicas com gritos de desespero e
manifestações de pesar ruidosas que a nada conduzem. O conhecimento da vida
espiritual nos mostra que devemos nos controlar e nos apresentar sempre
tranqüilos e seguros às crianças que amamos e que deixaram a vida física. Isso
certamente as fará mais felizes e despreocupadas.
O cantor Zeca Pagodinho é filho de Ògún mas, é protegido por Ibéji. Zeca é batalhador, tem a tenacidade de Ògún e a alegria e a sensibilidade das crianças. "Para saúde banhe-se com oriri e negra-mina".(Fonte Blog Pai Paulo de Oxalá)