Nossa Senhora Sant"Ana
Os dados
biográficos que sabemos sobre os pais de Maria foram legados pelo
Proto-Evangelho de Tiago, obra citada em diversos estudos dos padres da Igreja
Oriental, como Epifânio e Gregório de Nissa.
Sant'Ana,
cujo nome em hebraico significa graça, pertencia à família do sacerdote Aarão e
seu marido, São Joaquim, pertencia à família real de Davi.
Seu
marido, São Joaquim, homem pio fora censurado pelo sacerdote Rúben por não ter
filhos. Mas Sant’Ana já era idosa e estéril. Confiando no poder divino, São
Joaquim retirou-se ao deserto para rezar e fazer penitência. Ali um anjo do
Senhor lhe apareceu, dizendo que Deus havia ouvido
suas preces. Tendo voltado
ao lar, algum tempo depois Sant’Ana ficou grávida. A paciência e a resignação
com que sofriam a esterilidade levaram-lhes ao prêmio de ter por filha aquela
que havia de ser a Mãe de Jesus.
Eram
residentes em Jerusalém, ao lado da piscina de Betesda, onde hoje se ergue a
Basílica de Santana; e aí, num sábado, 8 de setembro do ano 20 a.C.,
nasceu-lhes uma filha que recebeu o nome de Miriam, que em hebraico significa
"Senhora da Luz", passado para o latim como Maria. Maria foi
oferecida ao Templo de Jerusalém aos três anos, tendo lá permanecido até os
doze anos.
Pelo
texto Caverna dos Tesouros, atribuído a Efrém da Síria, Ana (Hannâ) era filha
de Pâkôdh e seu marido se chamava Yônâkhîr. Yônâkhîr e Jacó eram filhos de Matã
e Sabhrath. Jacó foi o pai de José, desta forma, José e Maria eram primos.
Devoção
A devoção
aos pais de Maria é muito antiga no Oriente, onde foram cultuados desde os
primeiros séculos de nossa era, atingindo sua plenitude no século VI. Já no
ocidente, o culto de Santana remonta ao século VIII, quando, no ano de 710,
suas relíquias foram levadas da Terra Santa para Constantinopla, donde foram
distribuídas para muitas igrejas do ocidente, estando a maior delas na igreja
de Sant’Ana, em Düren, Renânia, Alemanha. São João Damasceno, ao escrever sobre
o Natal, deixa claro que São Joaquim e Santa Ana são os pais de Maria. [2]. Seu
culto foi tornando-se muito popular na Idade Média, especialmente na Alemanha.
Em 1378, o Papa Urbano IV oficializou seu culto . Em 1584, o Papa Gregório XIII
fixou a data da festa de Sant’Ana em 26 de Julho, e o Papa Leão XIII a estendeu
para toda a Igreja, em 1879.Em França, o culto da Mãe de Maria teve um impulso
extraordinário depois das aparições da santa em Auray, em 1623.
Tendo
sido São Joaquim comemorado, inicialmente, em dia diverso ao de Sant’Ana, o
Papa Paulo VI associou num único dia, 26 de julho, a celebração dos pais de
Maria, mãe de Jesus.