Maçonaria
a Sociedade mais Secreta do Mundo.
Maçonaria (forma reduzida e usual de francomaçonaria)
é uma sociedade
discreta e por discreta, entende-se que se trata de ação reservada
e que interessa exclusivamente àqueles que dela participam de caráter
universal, cujos membros cultivam o aclassismo,
humanidade,
os princípios da liberdade, democracia, igualdade, fraternidade e aperfeiçoamento intelectual,
sendo assim uma associação iniciática
e filosófica.
Portanto a maçonaria é uma sociedade
fraternal, que admite todo homem livre e de bons costumes, sem distinção de raça, religião, ideário político ou posição social. Suas principais exigências são que o candidato acredite em um princípio criador, tenha boa índole, respeite a família, possua um espírito filantrópico e o firme propósito de tratar sempre de ir à busca da perfeição, aniquilando seus vícios e trabalhando para a constante evolução de suas virtudes.
fraternal, que admite todo homem livre e de bons costumes, sem distinção de raça, religião, ideário político ou posição social. Suas principais exigências são que o candidato acredite em um princípio criador, tenha boa índole, respeite a família, possua um espírito filantrópico e o firme propósito de tratar sempre de ir à busca da perfeição, aniquilando seus vícios e trabalhando para a constante evolução de suas virtudes.
Os maçons estruturam-se e
reúnem-se em células
autônomas, designadas por oficinas, ateliers ou (como são mais conhecidas e corretamente
designadas) lojas,
"todas iguais em direitos e honras, e independentes entre si."
Existem, no mundo,
aproximadamente seis milhões de
integrantes espalhados pelos cinco continentes. Destes 3,2 - (58%)- nos Estados
Unidos - USA, 1,2 -(22%) - no Reino Unido
e 1,0(20%) no resto do mundo. No Brasil são aproximadamente 150 mil maçons regulares (2,7 %)
e 4.700 Lojas.
Origens da Maçonaria
O nome "maçonaria"
provém do francês maçonnerie, que significa "construção". O termo maçom (ou maçon), segundo o mesmo
Dicionário, provém do inglês mason e do francês maçon, que quer
dizer 'pedreiro', e do alemão metz, 'cortador de pedra'. O termo maçom,
portanto é um aportuguesamento do francês; maçonaria por extensão significa associação de pedreiros.
Estudiosos e pesquisadores
costumam dividir a origem da maçonaria em três fases distintas
- Maçonaria Primitiva
- Maçonaria Operativa
- Maçonaria Especulativa
Maçonaria Primitiva
A Maçonaria Primitiva, ou "Pré-Maçonaria",
é o período que abrange todo o conhecimento herdado do passado mais remoto da
humanidade até o advento da Maçonaria
Operativa. Há quem busque nas primeiras civilizações
a origem iniciática. Outras buscam no ocultismo,
na magia
e nas crendices
primitivas a origem do sistema filosófico
e doutrinário.
Tantas são as controvérsias, que surgiram variadas correntes dentro da
maçonaria. A origem mais aceita, segundo a maioria dos historiadores, é que a Maçonaria Moderna descende dos antigos
construtores de igrejas e catedrais, corporações formadas sob a influência da
Igreja na Idade Média.
É evidente que a falta de
documentos e registros dignos de crédito, envolve a maçonaria numa penumbra
histórica, o que faz com que os fantasistas, talvez pensando em engrandecê-la,
inventem as histórias sobre os primórdios de sua existência. Há aqueles que
ensinam que ela teve início na Mesopotâmia,
outros confundem os movimentos religiosos do Egito e dos Caldeus
como sendo trabalhos maçônicos. Há escritores que afirmam ser o Templo de Salomão o berço da Maçonaria.
O que existe de verdade é que a Maçonaria
adota princípios e conteúdos filosóficos milenares, que foram adotados por
instituições como as "Guildas" (na Inglaterra),
Compagnonnage
(na França),
Steinmetzen(na
Alemanha).
O que a Maçonaria fez foi adotar todos aqueles sadios princípios que eram
abraçados por instituições que existiram muito antes da formação de núcleos de
trabalho que passaram à história como o nome de Maçonaria Operativa ou de Ofício.
Maçonaria Operativa
A origem se perde na Idade Média,
se considerarmos as suas origens Operativas, ou seja, associação de cortadores
de pedras verdadeiros, que tinha como ofício a arte de construção de castelos,
muralhas etc.
Na Idade Média
o ofício de pedreiro era uma condição cobiçada para classe do povo. Sendo esta a
única guilda que tinha o direito de ir e vir. E para não perder suas regalias o
segredo deveria ser guardado com bastante zelo.
Após o declínio do Império
Romano, os nobres romanos afastaram-se das antigas cidades e levaram
consigo camponeses para proteção mútua para se proteger dos bárbaros.
Dando início ao sistema de produção baseado na contratação servil Nobre-Povo (Feudalismo)
Ao se fixar em novas terras, Os
nobres necessitavam de castelos para sua habitação e fortificações para
proteger o feudo. Como a arte de construção não era nobre, deveria advir do
povo e como as atividades agropecuária
e de construção não guardavam nenhuma relação, uma nova classe
surgiu: Os construtores, herdeiros das técnicas romanas e gregas
de construção civil.
Outras companhias se formaram: artesão,
ferreiro,
marceneiros,
tecelões
enfim, toda a necessidade do feudo era lá produzida. A maioria das guildas
limitava-se, no entanto às fronteiras do feudo.
Já as guildas dos pedreiros necessitavam mover-se para a construção das
estradas e das novas fortificações dos Templários.
Os demais membros do povo não tinham o direito de ir e vir, direito este que
hoje temos e nos é tão cabal. Os segredos da construção eram guardados com
incomensurável zelo, visto que, se caíssem em domínio público às regalias
concedidas à categoria, cessariam. Também não havia interesse em popularizar a
profissão de pedreiro, uma vez que o sistema feudal exigia a atividade
agropecuária dos vassalos.
A Igreja Católica Apostólica Romana
encontra neste sistema o ambiente ideal para seu progresso. Torna-se uma
importante, talvez a maior, proprietária feudal, por meio da proliferação dos
mosteiros, que reproduzem a sua estrutura. No interior dos feudos, a igreja
detém o poder
político, econômico, cultural e científico
da época.
Maçonaria Especulativa
A Maçonaria Especulativa
corresponde à segunda fase, que utiliza os moldes de organização dos
maçons operativos juntamente com ingredientes fundamentais como o pensamento
iluminista, ruptura com a Igreja Romana
e a reconstrução física da cidade de Londres, berço da maçonaria regular.
Com o passar do tempo as
construções tornavam-se mais raras. O feudalismodeclinou
dando lugar ao mercantilismo. Com conseqüência o
enfraquecimento da igreja romana. Havendo uma ruptura da unidade cristã
advindas da reforma protestante.
Superada a tragédia da peste negra
que dizimou a população mundial, particularmente da Europa, teve
início o Iluminismo
no século XVIII,
que defendia e tinha como princípio a razão, ou seja, o modo de pensar, de ter
"luz'.
A Inglaterra
surge como o berço da Maçonaria Especulativa regular durante a reconstrução da
cidade após um incêndio de grandes proporções em sua capital Londres
em setembro de 1666
que contou com muitos pedreiros para reconstruir a cidade nos moldes medievais.
Para se manter foram aceitas
outras classes de artífices e essas pessoas formaram paulatinamente agremiações
que mantinham os costumes dos pedreiros nas suas reuniões, o que diz respeito ao
reconhecimento dos seus membros por intermédio dos sinais característicos da agremiação.
Essas associações sobreviveram ao tempo. Os
segredos das construções não eram mais guardados a sete chaves, eram estudados
publicamente.Todavia o método de associação era interessante, o método de
reconhecimento da maçonaria operativa era muito útil para o modelo que surgiu
posteriormente. Em vez de erguer edifícios
físicos, catedrais
ou estradas,
o objetivo era outro: erguer o edifício
social ideal.
Maçonaria e religião
A Maçonaria Universal,
regular ou tradicional, é a que professa pela via sagrada, independentemente do
seu credo
religioso, trabalha na sua Loja sob a invocação do Grande Arquiteto do Universo, sobre os livros
sagrados, o esquadro e o compasso. A necessária presença de mais do que um
livro sagrado no altar de juramento, reflete exatamente o espírito tolerante da
maçonaria universal e regular.
Grande Arquiteto do Universo,
etimologicamente se refere ao principal Criador de tudo que existe,
principalmente do mundo material (demiurgo) independente de uma crença ou
religião específica.
Assim, 'Grande Arquiteto do
Universo' ou 'G.A.D.U.' é uma designação maçônica para uma força superior,
criadora de tudo o que existe. Com esta abordagem, não se faz referência a uma
ou outra religião ou crença, permitindo que maçons muçulmanos, católicos,
budistas, espíritas e outros, por exemplo, se reúnam numa mesma loja maçônica.
Para um maçom de origem católica, por exemplo, G.A.D.U. o remete a Deus,
enquanto que para um muçulmano se referiria a Alah. Assim as reuniões em loja
podem congregar irmãos de diversas crenças, sem invadir ou questionar seus
conteúdos.
Judaísmo e Maçonaria
Muitos dos princípios éticos
maçônicos foram inspirados pelo judaísmo,
ou melhor, pelo Antigo Testamento. Os ritos e símbolos da
maçonaria e outras sociedades secretas recordam: A reconstrução do Templo de Salomão, a estrela de
David, o selo de Salomão, os nomes dos diferentes graus, como por exemplo:
cavalheiro Kadosh ("Kadosh" em hebraico significa santo), Príncipe de
Jerusalém, Príncipe do Líbano, Cavalheiro da Serpente de Airain etc.
A luz é um importante símbolo
tanto no judaísmo como na maçonaria.
"Pois o preceito é uma lâmpada, e a
instrução é uma luz",
—Provérbios 6, 23.
|
Um dos grandes feriados judaicos
é o Chanukah ou Hanukkah, ou seja, o Festival das
Luzes, comemorando a vitória do povo de Israel sobre
aqueles que tinham feito da prática da religião um crime punível pela morte ali
pelo ano 165 a. E. V. (Os judeus substituem o antes de Cristo e o depois de
Cristo pelo antes e depois da Era Vulgar). A Luz é um dos mais densos símbolos
na maçonaria, pois representa (para os maçons de linha inglesa) o espírito
divino, a liberdade religiosa, designando (para os maçons de linha francesa) a
ilustração, o esclarecimento, o que esclarece o espírito, a claridade
intelectual.
A luz, para o maçom,
não é a material, mas a do intelecto, da razão,
é a meta máxima do iniciado maçom, que, vindo das trevas do Ocidente, caminha
em direção ao Oriente, onde reina o Sol. Castellani diz que graças
a essa busca da Verdade, do Conhecimento e da Razão é que os maçons
autodenominam-se Filhos da Luz; e talvez não tenha sido por acaso que a
Maçonaria, em sua forma atual, a dos Aceitos, nasceu no "Século das
Luzes", o século XVIII. de Nordhausende, Alemanha,
4 de Dezembro
de 1945
.
Outro símbolo compartilhado é o
tão decantado Templo de Salomão. Figura como uma parte
central na religião
judaica, não só, por ser o rei Salomão
uma das maiores figuras do panteão de Israel, como o
Templo representar o zênite da religião judaica. Na maçonaria, juntou-se a
figura de Salomão, à da construção do Templo, pois os maçons são,
simbolicamente, antes de tudo, construtores, pedreiros, geômetras e arquitetos.
Os rituais maçônicos estão prenhes de lendas sobre a construção do Templo de Salomão. Para os maçons existem três
Salomões: o Salomão maçônico, o bíblico e o histórico.
Outro aspecto comum tem-se os
esforços positivos na maçonaria e no judaísmo
para encorajar o aprendizado. A cultura judaica tem uma larga tradição de
impulsionar o maior número de judeus a se notabilizar pelo conhecimento nas artes, na literatura,
na ciência,
na tecnologia,
nas profissões em geral. Durante séculos, os judeus têm-se destacado nos
diversos campos do conhecimento humano e o seu empenho em melhorar suas escolas
e seus centros de ensino demonstram cabalmente isto. Digno de notar-se é que as
famosas escolas talmúdicas - as yeshivas
vem do verbo lashevet, ou seja,
sentar-se. Deste modo para aprender é necessário sentar-se nos bancos
escolares. Assim, também, na maçonaria, nota-se uma preocupação constante, cada
vez maior, com o desenvolvimento intelectual dos seus epígonos, no fundo, não
só como um meio de melhorar a sua escola de fraternidade e civismo como também
para perpetuar os seus ideais e permanecer como uma das mais ricas tradições do
mundo moderno.
No início de 1934, logo após a ascensão
de Adolf Hitler
ao poder, ficou claro que a maçonaria alemã corria o risco de desaparecer.
Segundo as estimativas do Museu Alemão da Maçonaria
em Bayreuth,
esta literatura constituía o núcleo da investigação maçônica. Uma biblioteca
que crescia de forma exponencial. Em 1930, na Alemanha, a colecção maçônica situar-se-ia nos
200.000 livros. Os nazistas saquearam, a Grande Loja da Holanda e a Grande Loja
da Noruega. Ocorreu o mesmo na Bélgica
e em França.
Os judeus eram vistos pelos
nazistas como uma "ameaça" por seu suposto poder econômico
e pelas idéias que pregavam como o liberalismo democrático. A Maçonaria, liberal
e democrática, pregando a fraternidade entre os homens, assustava aos déspotas
e fanáticos religiosos e políticos de todas as correntes.
Cronologia
- 10 de
Dezembro de 1934 - A Grande Loja Simbólica da Alemanha, dissolvida
por Hitler,
suspende seus trabalhos na Alemanha e prossegue-os em Jerusalém e
Saarrebrüken.
- 8 de
Agosto de 1935 - Adolfo Hitler decreta a dissolução da Maçonaria na
Alemanha.
- Os Templos maçônicos são saqueados, e muitos
maçons alemães são presos e assassinados.
- A Grande Loja de Hamburgo recebe asilo da Grande
Loja de Chile onde continua seu trabalho maçônico.
- Um de
Janeiro de 1938 - O partido nacional socialista de Hitler
lança um manifesto contra a maçonaria
Catolicismo e Maçonaria
A Igreja
Católica historicamente já se opôs radicalmente à maçonaria, devido
aos princípios supostamente anticristãos, libertários e humanistas
maçônicos. O primeiro documento católico
que condenava a maçonaria data de 28 de abril de 1738. Trata-se da bula do Papa Clemente
XII, denominada In Eminenti Apostolatus Specula.
Após essa primeira condenação,
surgiram mais de 20 outras, sendo que o papa Leão
XIII foi um dos mais ferrenhos opositores dessa sociedade secreta e
sua última condenação data de 1902, na encíclica Annum Ingressi, endereçada a todos
os bispos do mundo em que alarmava da necessidade urgente de combater a
maçonaria, opondo radicalmente esta sociedade secreta ao catolicismo.
Apesar disso, há acusações sobre Paulo VI
e alguns cardeais da Igreja relacionar-se a uma loja.. Entretanto, todas as acusações
carecem de provas. A condenação da Igreja é forte e não muda ainda que membros
do clero tenham de alguma forma se associado à sociedade secreta.
No Brasil
Império, havia clérigos maçons e a tentativa de alguns bispos ultramontanos
de adverti-los causou um importante conflito conhecido como Questão Religiosa. O principal dos bispos
antimaçônicos desta época foi Dom Vital, bispo de Olinda. Recebeu forte apoio
popular, mas foi preso pelas autoridades imperiais, notadamente favoráveis à
maçonaria. Após ser liberto, foi chamado a Roma onde foi congratulado pelo
papa, SS Pio IX, por sua brava resistência, e foi recebido paternalmente e com
alegria (o Papa, comovido, só o chamava de "Mio Caro Olinda",
"Mio Caro Olinda").
Até 1983, a pena para
católicos que se associassem a essa sociedade era de excomunhão.
Com a formulação do novo Código de Direito Canônico que não mais condenava a
Maçonaria explicitamente, muitos pensaram que a Igreja havia aceitado a mesma,
no entanto a Congregação para Doutrina da Fé
tratou de esclarecer o mal entendido e afirmar que permanece a pena de
excomunhão para quem se associa a maçonaria.
Em muitos casos também se
queimavam em praça pública os livros avaliados pelos inquisidores como símbolos
do pecado:
“No fim do auto se leu a sentença dos livros proibidos e se mandarão queimar
três canastras delles. Maio de 1624".
Neste momento, estamos diante da
"apropriação penal" dos discursos, ato que justificou por muito tempo
a destruição de livros e a condenação dos seus autores, editores ou leitores. Como
lembrou Chartier: “A cultura escrita é inseparável
dos gestos violentos que a reprimem". Ao enfatizar o conceito de
perseguição enquanto o reverso das proteções, privilégios, recompensas e pensões concedidas pelos poderes
eclesiásticos e pelos príncipes, este autor retoma os cenários da queima dos livros
que, enquanto espetáculo público do castigo, inverte a cena da dedicatória.
Protestantismo e Maçonaria
A Maçonaria Especulativa surgiu
durante o período da reforma protestante. Notadamente, James
Anderson, o autor da Constituição de Anderson, era um pastor presbiteriano.
Espiritismo e
Maçonaria
O homem sério e prudente é mais circunspecto; não
somente quer ver tudo, mas ver muito e muitas vezes.
(Allan Kardec)
|
Hippolyte Léon Denizard Rivail (Lyon,
três de
outubro de 1804
— Paris,
31 de março
de 1869)
mais conhecido pelo seu pseudônimo Allan Kardec,
teria sido iniciado na Grande Loja
Escocesa Maçônica de Paris. Suas obras teriam, principalmente na
parte inicial, introdutória, muitos termos do jargão maçônico e da doutrina
maçônica.
León Hippolyte teve formação acadêmica em matemática
e pedagogia,
interessando-se mais tarde pela física,
principalmente o magnetismo. Como escritor, dedicou-se a tradução e a
elaboração de obras de cunho educacional. Sob o pseudônimo
de Allan Kardec, notabilizou-se como o codificador do Espiritismo,
também denominado de Doutrina Espírita.
Segundo alguns biógrafos, depois
de alguns anos de preparatórios, Hippolyte Rivail teria deixado por algum tempo
o castelo de Yverdon
para estudar medicina
na faculdade de Lyon.
Vivia a França
o período da restauração dos Bourbons, e então é agora em sua própria pátria, realista e
católica, que ele se sentiria desambientado. Lyon ofereceu em todos os
tempos asilo às ideias liberais e as doutrinas heterodoxas. Martinismo
e Franco-Maçonaria Carbonarismo e São-Simonismo vicejam entre suas paredes.
O pseudônimo "Allan Kardec",
segundo biografias, foi adotado pelo professor Rivail a fim de diferenciar a
Codificação Espírita dos seus trabalhos pedagógicos anteriores. Segundo algumas
fontes, o pseudônimo foi escolhido, pois um espírito revelou-lhe que haviam
vivido juntos entre os druidas, na Gália, e que então o Codificador se chamava "Allan
Kardec".
Então León Hippolyte ao assumir o
pseudônimo de Allan Kardec e assumir a tarefa de codificação da doutrina
espírita, fez a opção pelos diversos elementos básicos da nova revelação
apresentados pelos espíritos superiores.
Budismo, Hinduísmo e Maçonaria
"O ódio não termina com o
ódio, mas com amor"
—Buda
|
A Maçonaria, como escola iniciativa,
tem muitos pontos de contato com o budismo. Ela, da mesma maneira, pugna pelos
bons costumes, pela fraternidade e
pela tolerância, respeitando, todavia, a liberdade de consciência do homem,
a qual não admite a imposição de dogmas. Embora com
algumas ligeiras modificações, as Quatro Nobres
Verdades e os Oito Nobres
Caminhos estão presentes em toda a extensão da doutrina maçônica, que ensina, aos
iniciados, o desapego às coisas materiais e efêmeras e a busca da paz
espiritual, através das boas obras, da vida regrada, do procedimento correto e
das palavras verdadeiras.
O conceito de Grande
Arquiteto do Universo, como o entende a Maçonaria, não existe no
budismo, pois, para este, não existe começo nem fim, criação ou céu, ao
contrário do hinduísmo e do bramanismo (forma mais requintada do
hinduísmo), que são as religiões mais antigas da Índia, ambas originárias da religião védica
(baseada nos Vedas, seus livros sagrados). Para o Rig Veda, o texto máximo do
hinduísmo, existia, no começo dos tempos, o mundo submerso na escuridão,
imperceptível, sem poder ser descoberto pelo raciocínio.
Para explicar a presença de
budistas na Ordem maçônica, já que para ser maçom, é condição essencial é à
crença num Ser Supremo Criador de todos os mundos e para o budista, não existe
um Deus criador. É preciso entender que na realidade o conceito de G\A\D\U\
como entendemos na Maçonaria não existe no Budismo. Para o qual não há
princípio nem fim, ao contrário do hinduísmo e do bramanismo (forma mais requintada do
hinduísmo), que são as mais antigas religiões da Índia e originárias da religião védica.
Além disso, há, no budismo, um profundo
respeito por todas as criaturas vivas, fazendo com que os adeptos da doutrina
considerem como obrigação fundamental dos seres humanos, viverem em paz,
harmonia e fraternidade com seus semelhantes.
Maçonaria e Sociedade
A maçonaria teve influência
decisiva em grandes acontecimentos mundiais, tais como a Revolução Francesa e a Independência dos Estados Unidos.
Tem sido relevante, desde a Revolução Francesa em diante, a participação da
Maçonaria em levantes, sedições, revoluções e guerras separatistas em muitos
países da Europa
e da América. No Brasil, deixou suas marcas, especialmente na independência do
Brasil do jugo da metrópole portuguesa e, entre outras, a inconfidência mineira
e na denominada "Revolução Farroupilha", no extremo sul do país,
tendo legado os símbolos maçônicos na bandeira do Rio Grande do Sul, estado da
Federação brasileira. Vários outros Estados da Federação possuem símbolos
maçônicos nas suas bandeiras, como Minas Gerais, por exemplo.
A Revolução Americana (1767) e Revolução Francesa (1789) despertaram nos povos
do mundo um sentimento de liberdade nunca antes experimentado.
A divulgação dos direitos do
homem e da idéia de um governo republicano inspirou a Maçonaria no Brasil, em
particular depois da Revolução Francesa, quando os cidadãos derrubam
a monarquia absolutista secular. As idéias que fermentaram o movimento (século
XVIII) haviam levedado o espírito dos colonos americanos, que emigraram para a
América em busca de liberdade religiosa
e política.
A Maçonaria é caracteristicamente universalista por ser uma sociedade
que aceita a afiliação de todos os cidadãos
que se enquadrar na qualificação "livres e de bons costumes",
qualquer que seja a sua raça, a sua nacionalidade,
o seu credo,
a sua tendência
política ou filosófica, excetuada os adeptos do comunismo
teorético porque seus princípios filosóficos fundamentais negam ao homem o direito à liberdade
individual da autodeterminação.
Potências e Lojas são autônomas
somente em sentido administrativo, Grão–Mestres e Mestres das Lojas não podem
jamais se pronunciar em nome da Maçonaria Universal. No entanto se
autorizados por suas Assembléias, podem se pronunciar oficialmente sobre
desenvolvimento dos seus trabalhos, na escolha da forma e do direcionamento de
suas atividades sociais
e culturais.
Iluminismo
Iluminismo é um conceito que sintetiza diversas tradições filosóficas, sociais,
políticas,correntes intelectuais e atitudes religiosas. Pode-se falar mesmo em
diversos micro-iluminismos, diferenciando especificidades temporais,
regionais e de matiz religioso, como nos casos de Iluminismo tardio, Iluminismo escocês e Iluminismo católico.
O Iluminismo é, para sintetizar, uma
atitude geral de pensamento e de ação. Os iluministas admitiam que os seres
humanos estão em condição de tornar este mundo um mundo melhor - mediante
introspecção, livre exercício das capacidades humanas e do engajamento
político-social.
Devido à formação intelectual e a
autonomia
que cada loja tem para pronunciar-se e decidir em assembléia conforme a
deliberação de seus associadas, não podemos falar em influência da Maçonaria Universal sobre determinado
aspecto, mas sim de uma ou grupos de lojas. Como aconteceu no Brasil quando havia
lojas ou grupos de Lojas a favor da republica
e outras lojas ou grupos de Lojas a favor de reinos constitucionais durante o
segundo Império.
Essas posições, aparentemente divergentes atendem às aspirações da liberdade
maçônica porque ambos os mencionados sistemas políticos limitam os poderes de
seus governantes máximos, o presidente ou o rei.
Iluministas se filiaram às Lojas Maçônicas como um lugar seguro e
intelectualmente livre e neutro, apropriado para a discussão de suas idéias,
principalmente no século XVIII quando os ideais libertários ainda
sofriam sérias restrições por parte dos governos absolutistas na Europa continental.
]
e por isso certamente a Maçonaria teria contribuído para a difusão do Iluminismo
e que este por sua vez também possa ter contribuído para a difusão das lojas
maçônicas.
O lema, ou o símbolo, "Liberdade,
Igualdade, Fraternidade" se constitui de um grupo de
palavras que supostamente exprime as aspirações teóricas do povo maçônico e
que, se atingidas, levariam a um alto grau de aperfeiçoamento de toda a
Maçonaria, o que é evidentemente utópico, como a nosso
ver o são todos os lemas. A trilogia seria de origem revolucionaria e que se
introduziu na cultura maçônica através do Imperador Napoleão a partir do início
do período napoleônico.
Principais Iluministas Maçons
- Voltaire (Paris, 21 de
novembro de 1694 — Paris, 30 de
maio de 1778),
foi um escritor,
ensaísta,
deísta
e filósofo
iluminista
francês,
conhecido pela sua perspicácia e espirituosidade na defesa das liberdades
civis, inclusive liberdade religiosa e livre comércio.
- Marquês de Pombal, (Lisboa,
13 de
Maio de 1699
— Pombal, 8 de
Maio de 1782)
foi um nobre
e estadista português. Foi secretário de Estado do Reino
durante o reinado
de D. José I (1750-1777),
sendo considerado, ainda hoje, uma das figuras mais controversas e
carismáticas da História Portuguesa.
- Montesquieu, senhor de La Brède ou barão
de Montesquieu
(castelo
de La Brède, próximo a Bordéus,
18 de
Janeiro de 1689 — Paris, 10 de
Fevereiro de 1755), foi um político,
filósofo
e escritor
francês.
Ficou famoso pela sua Teoria da Separação dos Poderes,
atualmente consagrada em muitas das modernas constituições internacionais.
- Diderot (Langres,
5 de
Outubro de 1713 — Paris, 31 de Julho de 1784)
foi um filósofo
e escritor
francês.
Estrutura e objetivos
A maçonaria exige de seus membros, respeito às leis do país
em que cada maçom vive e trabalha. Os princípios
Maçônicos não podem entrar em conflito com os deveres que como cidadãos
têm os Maçon. Na realidade estes princípios tendem a reforçar o cumprimento de
suas responsabilidades públicas
e privadas.
Induz seus membros a uma profunda
e sincera reforma de si mesmos, ao contrário de ideologias
que pretendem transformar a sociedade, com uma sincera esperança de que, o progresso
individual contribuirá, necessariamente, para a posterior melhora e progresso
da Humanidade.
E é por isso que os maçons jamais participarão de conspirações
contra o poder legítimo, escolhido pelos povos.
Para um maçom as suas obrigações como cidadão
e pai de uma família,
devem, necessariamente, prevalecer sobre qualquer outra obrigação, e, portanto,
não dará nenhuma proteção a quem agir desonestamente ou contra os princípios
morais e legais da sociedade.
Em função disso, os objetivos
perseguidos pela maçonaria são:
- Ajudar os homens
a reforçarem o seu caráter,
- Melhorar sua bagagem moral
e espiritual
- Aumentar seus horizontes culturais.
A maçonaria universal utiliza o
sistema de graus
para transmitir os seus ensinamentos, cujo acesso é obtido por meio de uma Iniciação
a cada grau e os ensinamentos são transmitidos através de representações e símbolos.
O Candidato
deve:
|
O Maçom
deve:
|
O Buscador
deve:
|
A Potência
deve:
|
|
Princípios Legais
|
Cumprir seus princípios 24 horas por dia e zelar
pela liturgia e pela ritualística, no âmbito da Loja; Pensar com caridade, tolerância
e espírito progressista, para beneficiar e mudar o mundo para melhor, em
todos os minutos e segundos da vida;
|
Agir como maçom, ampliar seus estudos em relação
à prevalência do espírito, mormente no que tange à realização material do
espírito; Ascender aos níveis absolutos, adequando e trabalhando nas
características da alma, como rito de passagem;
|
Dar provimento ao relacionamento entre as Lojas e
os obreiros da Obediência; Adequar as leis aos costumes e prover para que
elas não conflitem nem atrapalhem a tradição. Agir em prol de uma identidade
universal para toda a Maçonaria, independente da existência de Potências;
|
|
Princípios Doutrinários
|
Ter religiosidade, crer em
Deus, acima de tudo (para os "regulares"), outras obediências (os
chamados de "irregulares") basta que o Grande Arquiteto Do Universo
(GADU) seja um principio ético ou moral porque se guiem; Ter uma idéia clara
da virtude e do vício, adotando aquela e rejeitando este; Estar apto a
aprender conhecimentos litúrgicos e filosóficos; Distinguir entre religião e
Maçonaria
|
Acatar os princípios ditados
anteriormente, para o CANDIDATO. Cuidar do edifício social, promover sua alma
e seu espírito como fonte irradiadora de conhecimentos e exemplos
vivificadores de tolerância, caridade e amor;
|
Atuar no campo das idéias, sem
se deixar corromper pela validade ou pela vaidade do conhecimento. Atuar
filosófica e academicamente empregando veículos de divulgação disponíveis
|
Alavar o trabalho das Oficinas
com simpósios, seminários e congressos. Manter-se leve e transparente, no que
tange à burocracia para liberar a maior parte do tempo possível, nas
Oficinas, ao estudo e à pesquisa;
|
Princípios Práticos
|
Apresentar bons costumes, Ter boa família e
seguir as leis
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Como o CANDIDATO, ser justo e honesto no trabalho
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Ser estudioso, sempre; Estar preocupado com a
realidade à sua volta, dentro ou fora da Loja, sempre; Trazer novos ângulos,
para o âmbito dos irmãos.
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Administrar bem, com lisura, a Obediência e seu
patrimônio; Agir como facilitadora da vida corporativa do Oriente;
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Princípios Metafísicos
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Ser receptivo às idéias; Estar ideologicamente
alinhado com a idéia de Deus.
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Ter fé. Estar permeado pelos princípios
esotéricos que compões a liturgia da Oficina;
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Buscar a ascese; Melhorar e egrégora; buscar
meios práticos para desenvolver esse lado;
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Registrar/divulgar conhecimentos no âmbito da
Obediência; Promover o conhecimento interior ou autoconhecimento;
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Princípios da Tradição
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Estar apto; ou pronto, disposto e capacitado;
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Cultivar ideais de Liberdade, Fraternidade e
Igualdade; Perseguir sempre o Progresso;
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Especular sobre os princípios antigos, tradicionais
ou recentes; Cultivar a visão teológica, integradora em relação a todas as ciências
existentes;
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Garantir o império da Regularidade e da Tradição
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Princípios Iniciáticos
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Creditar respeito ao processo. Manter espírito receptivo
("nada lhe será cobrado; tudo lhe será dado")
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Cultivar a Liturgia e a Ritualística; Respeitar
os símbolos, seus significados e as práticas ritualísticas derivadas.
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Trazer luzes e bases para os símbolos, promover
estudos sobre a Liturgia. Dar vez aos fenômenos esotéricos; Buscar a formação
e a caracterização de egrégoras.
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Garantir transparência; Manifestar-se
liturgicamente, sempre, por intermédio da figura do Grão-Mestre.
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Obediências maçônicas
A Maçonaria Simbólica,
aquela que reúne os três graus da Maçonaria antiga, tradicional e legítima, se
divide em Obediências Maçônicas designadas de Grande Loja,
Grande
Oriente ou Ordem, que são unidades administrativas diferentes, que
agrupam diversas Lojas, mas que propagam os mesmos ideais.
Além da Maçonaria Simbólica, e
conforme o Rito praticado (sistema de práticas e normas que englobam os Rituais
adotados nas Lojas Simbólicas e acrescentam ainda graus para estudos
filosóficos) existe os Altos Graus, que se subordinam a outras
entidades, assim são, por exemplo, os Altos Graus do Rito Escocês Antigo e Aceito estão sob a
égide tutelar de um Supremo Conselho, geralmente um por país,
sendo comum que os Supremos Conselhos mantenham relações de reconhecimento
entre si, bem como celebrem tratados com os corpos da Maçonaria Simbólica, mas
limitando-se apenas a administrar os seus ditos graus "superiores",
que no caso do R.E.A.A. compreende os graus 4º ao 33º, sendo que o conteúdo de
muitos destes graus não possuem qualquer ligação direta com a Lenda tradicional
que fundamenta a Maçonaria Universal no mundo (ver Landmarks
de A. G. Mackey).
No mundo
Desde a sua criação, a Maçonaria
viu o paradoxo de lançar uma pesquisa para o universalismo, enquanto existentes
em maneiras muito diferentes e em diferentes épocas e países. Em 2005, a
maçonaria tinha entre 2 e 4 milhões de membros em todo o mundo contra os 7
milhões em 1950.
Esta redução de efectivos foi principalmente à maçonaria Anglo-Americana, cujo
número quase dobrou nos dez anos seguintes à Segunda Guerra Mundial e, em
seguida, diminuíram gradualmente com mais de 60% sobre os próximos cinqüenta
anos. Na Europa continental, os números diminuíram significativamente após a Ocupação e não tinha
conhecido um aumento semelhante nos anos 1950.
Eles são atualmente um pouco mais elevados.
Na maioria dos países da América
Latina, predomina a maçonaria dogmática. É tão presente na Europa (que é a
essência da maçonaria européia) e na América Latina. No Canadá, é bastante
marginalizada e é quase inexistente nos Estados Unidos, onde as lojas são poucos
liberais" (no estilo europeu), onde são freqüentado, na sua maioria, por
residentes e visitantes.
Todo o resto do mundo, a
tendência é seguir o "mainstream" das Lojas Anglo-Americanas.
Em alguns países, porém, os dois
movimentos existem lado a lado ou em um relacionamento amigável de compreensão
mútua (especialmente em certas regiões onde a maçonaria de todas as tendências,
tem sido particularmente perseguido), ou com relações mais tensas.
No Brasil
No Brasil são
reconhecidas as seguintes federações/confederações:
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Fundada
em 1822
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Fundada em 1927
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Fundada em 1973
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Iniciou
com três lojas no Rio de Janeiro
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Surgiu na cisão com Grande Oriente do Brasil.
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Surgiu na cisão com Grande Oriente do Brasil.
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Possui
federações em todos os estados brasileiros, conhecidos como Grandes
Orientes estaduais
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Reúne uma Grande Loja autônoma e independente de
cada estado brasileiro.
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Reúne os Grandes Orientes Independentes e
congrega Grandes Orientes Estaduais autônomos em cada estado da Federação.
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Reconhecida
pela UGLE
Tratado de amizade com as Grandes Lojas do Brasil |
Tratado de amizade com o Grande Oriente do Brasil
Algumas de suas Grandes Lojas são reconhecidas pela UGLE |
Em sua maioria possuem ótimas relações fraternais
com as Lojas filiadas ao GOB e CMSB, mesmo sem que haja tratados de
Reconhecimentos em todos os Estados, pois se trata de Maçonaria Regular
(COMAB).
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Regularidade maçônica
São os regulamentos consagrados
na Constituição de Anderson, considerados o
fundamento e pilar da maçonaria moderna que obrigam à crença em Deus.
Consequentemente, o não cumprimento deste critério fica desde logo designada à atividade
maçônica como irregular.
Para ser membro da maçonaria não
basta a autoproclamação, por isso é necessário um convite formal e é
obrigatório que o indivíduo seja iniciado por outros maçons. Mantém o
seu estatuto desde que cumpra com os seus juramentos e obrigações, sejam elas
esotéricas ou simbólicas, e esteja integrado numa Loja, regular, numa Grande Loja
ou num Grande Oriente, devidamente consagrados,
segundo as terminologias tradicionais, ditadas pelos Landmarks
da Constituição de Anderson
Na Maçonaria regular é exigida
para que seus membros profetize uma religião
ou apenas crêem em um ser supremo, chamado pelos maçons de Grande Arquiteto do Universo, título
dado a Deus.
Que está para além de qualquer credo religioso, respeitando toda a sua pluralidade.
A crença num ser supremo é ponto indiscutível nos landmarks, para que se possa
ser iniciado na maçonaria, uma realidade filosófica,
mas não um ponto doutrinal.
Mulheres e Maçonaria
O tema das mulheres e a Maçonaria são complexos e sem uma explicação fácil.
Tradicionalmente, só os homens podem ser maçons através da Maçonaria Regular.
Há evidências, embora o fenômeno fosse raro, que algumas mulheres tomassem o
controle de acesso em várias corporações, antes do surgimento da Maçonaria
especulativa. Poderia, por exemplo, incluir as viúvas que casassem com seus
maridos. Alguns dos estatutos de idade (idade de referência) mostra, por
exemplo, o comércio do livro de Paris (1268), os estatutos da Guilda dos
Carpinteiros em Norwich (1375), ou dos estatutos das Lojas de York (1693),
a França, o cavaleiro de Ramsay, em
seu famoso discurso Maçônico de 1736, contém a mesma proibição, mas é menos que uma questão de
princípio, que a defesa da "pureza de nossos costumes", ele
acrescenta:
Se o sexo é
proibido, ele não tem nenhum dos alarmes,
Este, não é um insulto a sua lealdade; Mas há temores de que o amor caindo com seus encantos, Faça esquecer a fraternidade. Nomes de irmãos e amigos serão armas de pequeno porte Para assegurar o coração da rivalidade. |
Houve alguns casos relatados de
uma mulher ingressar em uma Loja maçônica regular. Esses casos são exceções e
são debatidos pelos historiadores maçônicos.
Conta-se apenas como um das
poucas mulheres, sendo admitida pela Maçonaria, no século XVIII,
é o caso de Elizabeth Aldworth (nasceu em St. Leger), que relatou ter visto o
sub-repticiamente processo de uma reunião realizada na Loja Doneraile House,
número 44 - a casa privada de seu pai, primeiro pelo Visconde
Doneraile - residente em Doneraile, County Cork,
na Irlanda.
Após a descoberta da violação do seu sigilo, a Loja resolveu admiti-la e
abrigá-la, e depois, ela apareceu em público com orgulho no vestuário maçônico.
No início do século XVIII, era muito habitual para Lojas, serem realizadas em
casas particulares. Esta loja foi devidamente justificada como a Loja número
150, na lista da Grande Loja da Irlanda.
Obediências maçônicas consideradas
"irregulares"
Existem também Obediências Maçônicas que não seguem a diretiva
adotada pela Constituição de Anderson e os princípios que
orientam a Maçonaria Regular, optando por não querer obter o reconhecimento
internacional da GLUI,
ou por não se enquadrarem no espírito dos mesmos, ou por terem outros critérios
maçônicos de reconhecimento.
Esta "irregularidade"
não significa de todo que estas Obediências não desempenhem um sério trabalho
de filantropia, de engrandecimento do ser humano, e da própria sociedade em que
se inserem. As mesmas inserem-se nas seguintes Organizações inter-maçônicas:
Ritos maçônicos
A maçonaria é composta por Graus Simbólicos e Filosóficos, variando o seu
nome e o âmbito de Rito para Rito. A maçonaria simbólica compreende os
seguintes três graus obrigatórios, previstos nos landmarks
da Ordem: Aprendiz; Companheiro e Mestre. O trabalho realizado nos graus ditos
"superiores" ou filosóficos é optativo e de caráter filosófico. Os
ritos compostos por procedimentos ritualísticos são métodos utilizados para
transmitir os ensinamentos e organizar as cerimônias maçônicas.
Cada rito tem suas características
particulares, assemelhando-se ou divergindo do outro em aspectos gerais, em
detalhes, mas convergindo em pelo menos um ponto comum: a regularidade
maçônica, isto é, o reconhecimento internacional amparado pela Constituição de Anderson
Ritos maçônicos
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Principais ritos praticados
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Sistema
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33 graus
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33 graus
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13 graus
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3 graus
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7 graus
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33 graus
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9 graus
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No mundo, já existiram mais de
duzentos ritos, e pouco mais de cinqüenta são praticados atualmente. Os mais
utilizados são o Rito de York, o Rito Escocês Antigo e Aceito e o Rito Moderno
(também chamado de Rito Francês ou Moderno na Europa).
Juntos, estes três ritos detêm como seus praticantes mais de 99% dos maçons
especulativos.
Loja Maçônica
O Commons possui uma categoria com
multimídias sobre Construções
maçônicas por país
Na maior parte do mundo, os
maçons juntam-se, formando lojas
maçônicas (português brasileiro) ou maçônicas (português europeu) de modo a trabalhar
nos graus simbólicos da Maçonaria. As Lojas não são os edifícios onde se
reúnem, mas a própria organização; podem também ser cedidas pelos maçons a
ordens patrocinadas pela Maçonaria, como a Ordem DeMolay
e a Ordem dos Escudeiros da Távola Redonda.
As diversas maçonarias nacionais
estão divididas por "oficinas" que podem ser constituídas por lojas (com mais de seis "maçons
perfeitos") ou triângulos maçônicos (pelo menos até
seis maçons) ou ainda, no Rito Escocês
Antigo e Aceito, com no mínimo sete maçons, dos quais três mestres maçons.
Cada loja maçônica é composta pelo:
Cargos de uma loja maçônica
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Venerável Mestre,
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que preside e orienta as sessões.
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Primeiro Vigilante,
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que auxilia nos trabalhos trata da organização em geral e instrui os
aprendizes.
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Segundo Vigilante,
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que auxilia nos trabalhos e instrui os companheiros.
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Orador,
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que sumariza os trabalhos e apresenta conclusões antes das votações e
garante o fiel cumprimento da legislação maçônica. Equivale a um
representante do Ministério Público, dentro da Loja.
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Secretário,
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que redige as atas e trata da sua conservação e é responsável pelas
relações administrativas entre a loja e a obediência e junto com o '
'Venerável Mestre.
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Experto,
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responsável pelas cerimônias de iniciação, em alguns ritos e
obediências este é responsável por toda a condução das cerimônias maçônicas e
é ajudado pelo Mestre de Cerimônias
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Mestre de Cerimônias,
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responsável por toda a condução das cerimônias maçônicas introduz os
irmãos na loja, conduz aos seus lugares os visitantes, e ajuda o Experto
nas cerimônias de iniciação,
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Tesoureiro,
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que recebe as quotizações e outros fundos da loja e vela pela sua
organização financeira.
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Guarda do Templo
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(que alguns Ritos e lojas são só externos noutros é externo e interno
e ainda noutros ambos são ocupados por irmãos diferentes) e que vela pela
entrada do Templo são outros oficiais igualmente importantes.
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