Xangô, Shango ou Sango
Orixá,
de origem Yorubá.
Seu mito conta que foi Rei da cidade de Oyo, identificado no jogo
do merindilogunpelos
odu obará, ejilaxebora e
representado materialmente e imaterial pelo candomblé,
através do assentamento sagrado denominado igba xango.
Pierre Verger dá como resultado de suas pesquisas
que: Shango ou Xangô, como
todos os outros imolè (orixás e ebora), pode ser descrito sob dois
aspectos: histórico e divino.
África
Shango, no seu aspecto divino, permanece filho de
Oranian, divinizado porém, tendo Yemanjá como
mãe e três divindades como esposas: Oyá, Oxum e Obá.
Shango orixá dos raios, trovões, grandes
cargas elétricas e do fogo. É viril e atrevido, violento e justiceiro; castiga
os mentirosos, os ladrões e os malfeitores. Por esse motivo, a morte pelo raio é considerada
infamante. Da mesma forma, uma casa atingida por um raio é uma casa marcada
pela cólera de xangô.
Sacerdote de Sango - Magba
Sacerdotisa de Sango - Iya Magba
Atabaque de Sango - Ilu bata
Toque favorito - Alujá
Fruto favorito - Orogbo
Bichos - Akunko, Agutan, Ajapá
Foi ele quem criou o culto de Egungun, sendo ele o único Orixá que
exerce poder sobre os mortos. Xangô é a roupa da morte, por este motivo não
deve faltar nos Egbòs de Ikù e Egun, o vermelho que lhe pertence. Ao se
manifestar nos Candomblés, não deve faltar em sua vestimenta uma espécie de
saieta, com cores variadas e fortes, que representam as vestes dos Eguns.
Itan
Xangô criador de Culto a Egungun
Xangô
é o fundador do culto aos Eguns, somente ele tem o poder de controlá-los, como
diz um trecho de um Itã:
"Em
um dia muito importante, em que os homens estavam prestando culto aos
ancestrais, com Xangô a frente, as Iyámi Ajé fizeram roupas iguais as de Egungun,
vestiram-na e tentaram assustar os homens que participavam do culto, todos
correram mas Xangô não o fez, ficou e as enfrentou desafiando os supostos
espíritos. As Iyámis ficaram furiosas com Xangô e juraram vingança, em um certo
momento em que Xangô estava distraído atendendo seus súditos, sua filha
brincava alegremente, subiu em um pé de Obi, e foi aí que as Iyámis Ajé
atacaram, derrubaram a Adubaiyani filha de Xangô que ele mais adorava. Xangô
ficou desesperado, não conseguia mais governar seu reino que até então era
muito próspero, foi até Orunmilá, que lhe disse que Iyami é quem havia matado
sua filha, Xangô quiz saber o que poderia fazer para ver sua filha só mais uma
vez, e Orunmilá lhe disse para fazer oferendas ao Orixá Iku (Oniborun), o
guardião da entrada do mundo dos mortos, assim Xangô fez, seguindo a risca os
preceitos de Orunmilá.
Xangô
conseguiu rever sua filha e pegou para sí o controle absoluto dos mistérios de
Egungun (ancestrais), estando agora sob domínio dos homens este culto e as
vestimentas dos Eguns, e se tornando estritamente proibida a participação de
mulheres neste culto, caso essa regra seja desrespeitada provocará a ira de
Olorun. Xangô , Iku e dos próprios Eguns, este foi o preço que as mulheres
tiveram que pagar pela maldade de suas ancestrais."
Brasil
Xangô foi
o quarto rei lendário
de Oyo (Nigéria, África),
tornado Orixá de
caráter violento e vingativo, cuja manifestação são o fogo, o Sol, os Raios, as Tempestades e
ostrovões.
Filho de Oranian,
teve várias esposas sendo as mais conhecidas: Oyá, Oxum e Obá. Xangô é viril e
justiceiro; castiga os mentirosos, os ladrões e os malfeitores. Sua ferramenta
é o Oxê: machado de
dois gumes.
Enquanto Oxossi é
considerado o Rei da nação de ketu, Xangô é considerado o rei de todo o povo
yorubá. Orixá do fogo,
dos raios e
das tempestades,
Xangô foi um grande rei que
unificou todo um povo. Foi ele quem criou o culto de Egungun,
muitos Orixás possuem relação com os Egunguns mas, ele é o único Orixá que,
verdadeiramente, exerce poder sobre os mortos, Egungun.
Xangô é a roupa da morte, Axó Iku,
por este motivo não deve faltar nos Egbòs de Ikù e Egun, o vermelho que lhe
pertence. Ao se manifestar nos Candomblés, não deve faltar em sua vestimenta
uma espécie de saieta, com cores variadas e fortes, que representam as vestes
dos Eguns
Xangô
era forte, valente, destemido e justo. Era temido, e ao mesmo tempo adorado.
Comportou-se em algumas vezes como tirano, devido a sua ânsia de poder,
chegando até mesmo a destronar seu próprio irmão, para satisfazer seu desejo.
Filho de Yamasse (Torosi)
e de Oraniã,
foi o regente mais poderoso do povo yorubá. Ele também tem uma ligação muito
forte com as árvores e a natureza, vindo daí os objetos que ele mais aprecia,
o pilão e
a gamela;
o pilão de Xangô deve ter duas bocas, que representam a livre passagem entre os
mundos, sendo Xangô um ancestral (Egungun). Da natureza, ele conseguiu profundos conhecimentos e
poderes de feitiçaria, que somente eram usados quando necessário. Tem
também uma forte ligação com Oxumaré,
considerado por ele como seu fiel escudeiro.
Xangô
é cultuado no Brasil, sob 12 (doze) qualidades. Vale salientar, que muitos
seguem cegamente as ditas qualidades de Xangô da Bahia, e não é bem assim,
por exemplo, Airá é
um outro Orixá que não se dá com Xangô.Reza a lenda que Ayra era muito próximo
de Xango, e quando Oxalufã, em visita ao reino de Xango, foi erroneamente
confundido com um ladrão, teve suas pernas quebradas e foi preso. Uma vez Xango
percebendo o engano, mandou que o tirassem da prisão, o limpassem e dessem a
ele vestimentas condizentes com a grandiosidade de Oxalufã, porém Oxalufã
estava viajando e teria ainda outros lugares para ir. Por ser muito velho e
agora com as pernas tendo sido quebradas, a locomoção havia sido afetada,
fazendo que Oxalufã andasse curvado e muito vagarosamente. Xangô então mandou
que Ayrá levasse Oxalufã nas costas até a próxima cidade. Ayrá, percebendo ali
a sua grande oportunidade, durante o caminho se voltou contra Xangô, falando a
Oxalufã que Xango sabia que ele estava preso, acabando por ganhar a confiança
de Oxalufã, que o tomou para si; razão pela qual Ayrá usa branco, mas nao é um
fum-fum. Xangô que nao suporta traições se irritou com a atitude de Ayrá
cortando relações com ele, desde então eles jamais devem ser cultuados juntos
ou mantidos na mesma casa.
As Qualidades de Xangô
As qualidades de Xangô são estas:
Afonjá - O Balé (governante)da
cidade de Ilorin. Afonjá era também Are-Ona-Kaka-n-fo, quer dizer líder do
exército do império. Segundo a história de Oió, no início do século dezenove,
Oió era governada pelo rei Aolé, ele possuía aliados que eram espécies de
Generais, que lhe davam todo o tipo de apoio mantendo assim o podes absoluto
sobre o Reino Iorubá e os reinos anexados. Mas um dia um desses generais
resolveu se rebelar contra Oió e se unir com os inimigos, esse general se
chamava Afonjá que era conhecido como Kakanfo de Ilorin. Declarou-se
independente de Oió. Com isso o Rei de Oió Aolé se envenenou para não ver o
desmembramento do Império. Afonjá traíu o Império Iorubá, mas quando os rebeldes
assumiram o poder Afonjá foi decaptado pelo seu novo aliado. Este alegou que se
um homem traíu seu antigo rei ele voltaria a trair tantos outros.
Obá Kosso - Título que Xangô recebe
ao fundar a cidade de Kossô nos arredores de Oió, tornando-se seu Rei. Título
dado também a Aganju, irmão gêmeo de Xangô quando de sua chegada em Oió foi
aclamado como o Rei Não se Enforcou, Obá Kô Sô.
Obá Lubê - Título de Xangô que faz
referência a todo o seu poder e riqueza, pode ser traduzido como Senhor
Abastado.
Obá Irù ou
Barù - Título dado a Xangô logo após chegar ao apogeu do império, quando cria
o culto de Egungun, é aclamado como a forma humana do Deus primordial Jakutá
sobre a terra,senhor dos raios, tempestades, do Sol e do fogo em todas as suas
formas. Ele acaba por destroir a capital do Reino numa crise de cólera e depois
arrependido, se suicida , adentrando na terra.
Obá Ajakà - Também intitulado
Bayaniym," O pai me escolheu ", que faz referência a ele por ser o
filho mais velho de Oraniã, e ter por direito que assumir o trono, irmão mais
velho de Xangô.
Obá Aganjù - Aganju representa tudo que é explosivo, que não tem
controle, ele é a personificação dos Vulcões.
Obá Orungã - Filho de Aganju Solá e Iemanjá, Orungã é
dono da atmosfera é o ar que respiramos, dono da camada que protege a Terra.
Ver mais abaixo.
Obá Ogodô - Muito falado também, é
apenas o que se diz sobre Xangô, pois, Ogodô é o verbo bocejar. Então, quando
está trovejando, o que se diz é que Xangô está bocejando. Dai Xangô Ogodô, é
apenas um título de Xangô.
Jakutà ou
Djakutà - Jakutá,
é a representação da justiça e da ira de Olorun, míticamente Xangô foi iniciado
para este Orixá sendo considerado como a forma divina primordial do mesmo. Ele
foi enviado em sua forma divina por Olorun para estabelecer a ordem e submeter
Oduduá e Oxalá aos planos da criação durante um momento de conflito entre as
divindades. É o próprio Xangô.
Obá Arainã
- Oroinã e Oraniã - Personificação do fogo, o magma do centro da terra é o pai de Xangô e
de Aganju em sua forma humana.
Olookê - Orixá dono das montanha,
em algumas lendas é um dos filho de Oraniã, foi casado com Yemanjá.
Elementos do culto
Saudação: Kawó-Kabiesilé Saudação é a forma
com que os Orixas são reverenciados;
Cores: Vermelho e Branco ou Vermelho e Marrom ou Marrom e Preto ou Marrom e Branco ou
somente Marrom ou vermelho.As
cores representam os Orixás, e podem variar segundo a linha religiosa;
Dia da
Semana: Quarta-Feira;
Elementos: Fogo, Vulcões, Tempestades, Sol, Trovões, Terremotos, Raios, criador do Culto de
Egungun, senhor dos mortos, desertos e formações rochosas;
Elemento
Livro: os livros representam
Xangô porque este orixá está ligado as questões da razão, do conhecimento e do
intelecto. Bem como a Justiça e o Direito;
Pedra: Meteorito;
Domínios: Justiça,
Poder Estatal, Questões Jurídicas, Pedreiras;
Oferendas: Amalá, cágado, carneiro,
e algumas vezes cabrito. Gosta de Orobô,
mas recusa Obi (noz
de cola), ao contrário dos demais Orixás;
Dança: Alujá, a roda de Xangô. São vários toques
que falam de suas conquistas, seus feitos, suas mulheres e seu poder e domínio
como Orixá.
Animais
associados a Xangô:
Tartaruga, Falcão, Águia, Carneiro e Leão.
Família
Foi
esposo de Obbá, Oyá y Oshún.
Foi filho de Obbatala e Aggayu Solá, mas em outros
caminhos se registra como de Obbatalá Ibaíbo e Yembó ou de Obbatalá e Oddua, mas em todos os caminhos
considera-se criado por Yemaya e Dadá.
Irmão do último, Oggun, Osun, Eleggua e Oshosi
Oferendas
As oferendas a Changó incluem amalá, feito a base de farinha de milho,
leite e quimbombó (quiabo), bananas verdes, banana indio, otí (água ardente),
vinho tinto, milho tostado, cevada, alpiste, etc. Imola-se carneiros, galos,
codornas, tartarugas, galinha de guiné, pombas, etc
Pataki (Itan) de Changó
Furioso
com os seus descendentes ao saber que Oggún havia
querido ter relações com sua própria mãe, Obatalá ordenou
executar a todos os varões. Quando nasceu Changó, Elegguá (seu
irmão) levou-o escondido para sua irmã mais velha, Dadá,
para que o criasse. Em pouco tempo nasceu Orula, o outro irmão,
Elegguá, também temeroso da ira de Obatalá, o enterrou ao pé de uma árvore e
lhe levava comida todos os dias. O tempo passou e um belo día Obatalá caiu
enfermo. Elegguá buscou rápido a Changó para que o curasse. Logo que o grande
médico Changó curou seu pai, Elegguá aproveitou a ocasião para implorar de
Obatalá o perdão de Orula. Obatalá cedeu e concedeu o perdão. Changó cheio de
alegria cortou a árvore e dela entalhou um belo tabuleiro e
junto com ele, deu a seu irmão Orunmila o
dom da adivinhação. Desde então Orunmila diz:
“Maferefum (benção) Elegguá, maferefum Changó, Elegbara”.
Também pela mesma razão a ékuele (moeda usada na Guiné Equatorial) de Orunmila
leva na soldadura um fragmento do colar de Changó (branco e vermelho)
por uma ponta. Desde então Orunmila é o adivinhador do futuro como interprete
do oráculo de Ifá, dono do tabuleiro e
conselheiro dos homens.
XANGÔ NA
UMBANDA
Xangô é sincretizado com São Jerônimo, São Pedro, São João Batista, cujo poder se manifesta
na pedreira,
é o Senhor da justiça. Seu símbolo é o machado de
duas faces, significando que o machado tanto protege seus filhos das injustiças
como os pune quando as cometem, bem como a estrela de
6 pontas cujo símbolo é em si o poder equilibrador do universo.
História
Quando
Deus criou os Estados exteriores da criação, o primeiro foi o vazio (Exu), o segundo estado foi
o espaço em
si mesmo (Oxalá) e o terceiro Estado da criação exterior foi o equilíbrio de
tudo e de todos (Xangô). Como em Olorum, não se
pode dizer quem foi o primeiro a ser exteriorizado, os umbandistas preferem
amá-los e ponto final.
Tudo
trata-se de ângulos de visões religiosas, pois o poder de Olorum que equilibra
todo o universo que faz par com o estado purificador (Kali-yê), é chamado de
Xangô na religião umbandista, ou seja, na Umbanda não
se adora como um deus com características humanas, mas sim como o poder
equilibrador de Olorum manifestado em seu exterior.
Cor:
marrom e vermelho
Saudação:
Kao-kabecile
Segue abaixo indicações de livros que abordam os
Orixás na Umbanda como os poderes exteriorizados de Olorum e não como deuses
cruéis e sanguinários e as vezes bondosos com quem lhes servem corretamente.
Tais livros ensinam como cultuá-los amando-os e sabendo que os poderes de
Olorum estão a disposição de toda a humanidade necessitada de luz,
pois manifestam-se verticalmente e horizontalmente nos três lados da criação
(Lado Divino, Lado Natural e Lado espiritual).
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Xangô
Talvez estejamos diante do Orixá mais cultuado e respeitado no Brasil. Isso porque foi ele o primeiro Deus Iorubano, por assim dizer, que pisou em terras brasileiras.
Xangô é um Orixá bastante popular no Brasil e às vezes confundido como um Orixá com especial ascendência sobre os demais, em termos hierárquicos. Essa confusão acontece por dois motivos: em primeiro lugar, Xangô é miticamente um rei, alguém que cuida da administração, do poder e, principalmente, da justiça - representa a autoridade constituída no panteão africano. Ao mesmo tempo, há no norte do Brasil diversos cultos que atendem pelo nome de Xangô. No Nordeste, mais especificamente em Pernambuco e Alagoas, a prática do candomblé recebeu o nome genérico de Xangô, talvez porque naquelas regiões existissem muitos filhos de Xangô entre os negros que vieram trazidos de África. Na mesma linha de uso impróprio, pode-se encontrar a expressão Xangô de Caboclo, que se refere obviamente ao que chamamos de Candomblé de Caboclo.
Xangô é pesado, íntegro, indivisível, irremovível; com tudo isso, é evidente que um certo autoritarismo faça parte da sua figura e das lendas sobre suas determinações e desígnios, coisa que não é questionada pela maior parte de seus filhos, quando inquiridos.
Suas decisões são sempre consideradas sábias, ponderadas, hábeis e corretas. Ele é o Orixá que decide sobre o bem e o mal. Ele é o Orixá do raio e do trovão.
Na África, se uma casa é atingida por um raio, o seu proprietário paga altas multas aos sacerdotes de Xangô, pois se considera que ele incorreu na cólera do Deus. Logo depois os sacerdotes vão revirar os escombros e cavar o solo em busca das pedras-de-raio formadas pelo relâmpago. Pois seu axé está concentrado genericamente nas pedras, mas, principalmente naquelas resultantes da destruição provocada pelos raios, sendo o Meteorito é seu axé máximo.
Xangô tem a fama de agir sempre com neutralidade (a não ser em contendas pessoais suas, presentes nas lendas referentes a seus envolvimentos amorosos e congêneres). Seu raio e eventual castigo são o resultado de um quase processo judicial, onde todos os prós e os contras foram pensados e pesados exaustivamente. Seu Axé, portanto está concentrado nas formações de rochas cristalinas, nos terrenos rochosos à flor da terra, nas pedreiras, nos maciços. Suas pedras são inteiras, duras de se quebrar, fixas e inabaláveis, como o próprio Orixá.
Xangô não contesta o status de Oxalá de patriarca da Umbanda, mas existe algo de comum entre ele e Zeus, o deus principal da rica mitologia grega. O símbolo do Axé de Xangô é uma espécie de machado estilizado com duas lâminas, o Oxé, que indica o poder de Xangô, corta em duas direções opostas. O administrador da justiça nunca poderia olhar apenas para um lado, defender os interesses de um mesmo ponto de vista sempre. Numa disputa, seu poder pode voltar-se contra qualquer um dos contendores, sendo essa a marca de independência e de totalidade de abrangência da justiça por ele aplicada. Segundo Pierre Verger, esse símbolo se aproxima demais do símbolo de Zeus encontrado em Creta. Assim como Zeus, é uma divindade ligada à força e à justiça, detendo poderes sobre os raios e trovões, demonstrando nas lendas a seu respeito, uma intensa atividade amorosa.
Outra informação de Pierre Verger especifica que esse Oxé parece ser a estilização de um personagem carregando o fogo sobre a cabeça; este fogo é, ao mesmo tempo, o duplo machado, e lembra, de certa forma a cerimônia chamada ajerê, na qual os iniciados de Xangô devem carregar na cabeça uma jarra cheia de furos, dentro da qual queima um fogo vivo, demonstrando através dessa prova, que o transe não é simulado.
Xangô portanto, já é adulto o suficiente para não se empolgar pelas paixões e pelos destemperos, mas vital e capaz o suficiente para não servir apenas como consultor.
Outro dado saliente sobre a figura do senhor da justiça é seu mau relacionamento com a morte. Se Nanã é como Orixá a figura que melhor se entende e predomina sobre os espíritos de seres humanos mortos, Eguns, Xangô é que mais os detesta ou os teme. Há quem diga que, quando a morte se aproxima de um filho de Xangô, o Orixá o abandona, retirando-se de sua cabeça e de sua essência, entregando a cabeça de seus filhos a Obaluaiê e Omulu sete meses antes da morte destes, tal o grau de aversão que tem por doenças e coisas mortas.
Deste tipo de afirmação discordam diversos babalorixás ligados ao seu culto, mas praticamente todos aceitam como preceito que um filho que seja um iniciado com o Orixá na cabeça, não deve entrar em cemitérios nem acompanhar a enterros.
Tudo que se refere a estudos, as demandas judiciais, ao direito, contratos, documentos trancados, pertencem a Xangô.
Xangô teria como seu ponto fraco, a sensualidade devastadora e o prazer, sendo apontado como uma figura vaidosa e de intensa atividade sexual em muitas lendas e cantigas, tendo três esposas: Obá, a mais velha e menos amada; Oxum, que era casada com Oxossi e por quem Xangô se apaixona e faz com que ela abandone Oxossi; e Iansã, que vivia com Ogum e que Xangô raptou.
No aspecto histórico Xangô teria sido o terceiro Aláàfin Oyó, filho de Oranian e Torosi, e teria reinado sobre a cidade de Oyó (Nigéria), posto que conseguiu após destronar o próprio meio-irmão Dada-Ajaká com um golpe militar. Por isso, sempre existe uma aura de seriedade e de autoridade quando alguém se refere a Xangô.
Conta a lenda que ao ser vencido por seus inimigos, refugiou-se na floresta, sempre acompanhado da fiel Iansã, enforcou-se e ela também. Seu corpo desapareceu debaixo da terra num profundo buraco, do qual saiu uma corrente de ferro - a cadeia das gerações humanas. E ele se transformou num Orixá. No seu aspecto divino, é filho de Oxalá, tendo Yemanjá como mãe.
Xangô também gera o poder da política. É monarca por natureza e chamado pelo termo obá, que significa Rei. No dia-a-dia encontramos Xangô nos fóruns, delegacias, ministérios políticos, lideranças sindicais, associações, movimentos políticos, nas campanhas e partidos políticos, enfim, em tudo que gera habilidade no trato das relações humanas ou nos governos, de um modo geral.
Xangô é a ideologia, a decisão, à vontade, a iniciativa. É a rigidez, organização, o trabalho, a discussão pela melhora, o progresso social e cultural, a voz do povo, o levante, à vontade de vencer. Também o sentido de realeza, a atitude imperial, monárquica. É o espírito nobre das pessoas, o chamado “sangue azul”, o poder de liderança. Para Xangô, a justiça está acima de tudo e, sem ela, nenhuma conquista vale a pena; o respeito pelo Rei é mais importante que o medo.
Xangô é um Orixá de fogo, filho de Oxalá com Yemanjá. Diz a lenda que ele foi rei de Oyó. Rei poderoso e orgulhoso e teve que enfrentar rivalidades e até brigar com seus irmãos para manter-se no poder.
Características
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Atribuições
Xangô é o Orixá da Justiça e seu campo preferencial de atuação é a
razão, despertando nos seres o senso de equilíbrio e eqüidade, já que só
conscientizando e despertando para os reais valores da vida a evolução se
processa num fluir contínuo
As Características Dos Filhos De Xangô
Para a descrição dos arquétipos psicológico e físico das pessoas que
correspondem a Xangô, deve-se ter em mente uma palavra básica: Pedra. É da
rocha que eles mais se aproximam no mundo natural e todas as suas
características são balizadas pela habilidade em verem os dois lados de uma
questão, com isenção e firmeza granítica que apresentam em todos os sentidos.
Atribui-se ao tipo Xangô um físico forte, mas com certa quantidade de gordura e uma discreta tendência para a obesidade, que se ode manifestar menos ou mais claramente de acordo com os Ajuntós (segundo e terceiro Orixá de uma pessoa). Por outro lado, essa tendência é acompanhada quase que certamente por uma estrutura óssea bem-desenvolvida e firme como uma rocha.
Tenderá a ser um tipo atarracado, com tronco forte e largo, ombros bem desenvolvidos e claramente marcados em oposição à pequena estatura;
A mulher que é filha de Xangô, pode ter forte tendência à falta de elegância. Não que não saiba reconhecer roupas bonitas - tem, graças à vaidade intrínseca do tipo, especial fascínio por indumentárias requintadas e caras, sabendo muito bem distinguir o que é melhor em cada caso. Mas sua melhor qualidade consiste em saber escolher as roupas numa vitrina e não em usá-las. Não se deve estranhar seu jeito meio masculino de andar e de se portar e tal fato não deve nunca ser entendido como indicador de preferências sexuais, mas, numa filha de Xangô é um processo de comportamento a ser cuidadosamente estabelecido, já que seu corpo pode aproximar-se mais dos arquétipos culturais masculinos do que femininos; ombros largos, ossatura desenvolvida, porte decidido e passos pesados, sempre lembrando sua consistência de pedra.
Atribui-se ao tipo Xangô um físico forte, mas com certa quantidade de gordura e uma discreta tendência para a obesidade, que se ode manifestar menos ou mais claramente de acordo com os Ajuntós (segundo e terceiro Orixá de uma pessoa). Por outro lado, essa tendência é acompanhada quase que certamente por uma estrutura óssea bem-desenvolvida e firme como uma rocha.
Tenderá a ser um tipo atarracado, com tronco forte e largo, ombros bem desenvolvidos e claramente marcados em oposição à pequena estatura;
A mulher que é filha de Xangô, pode ter forte tendência à falta de elegância. Não que não saiba reconhecer roupas bonitas - tem, graças à vaidade intrínseca do tipo, especial fascínio por indumentárias requintadas e caras, sabendo muito bem distinguir o que é melhor em cada caso. Mas sua melhor qualidade consiste em saber escolher as roupas numa vitrina e não em usá-las. Não se deve estranhar seu jeito meio masculino de andar e de se portar e tal fato não deve nunca ser entendido como indicador de preferências sexuais, mas, numa filha de Xangô é um processo de comportamento a ser cuidadosamente estabelecido, já que seu corpo pode aproximar-se mais dos arquétipos culturais masculinos do que femininos; ombros largos, ossatura desenvolvida, porte decidido e passos pesados, sempre lembrando sua consistência de pedra.
Em termos sexuais, Xangô é um tipo completamente mulherengo. Seus
filhos, portanto, costumam trazer essa marca, sejam homens, sejam mulheres (que
estão entre as mais ardentes do mundo). Os filhos de Xangô são tidos como
grandes conquistadores, são fortemente atraídos pelo sexo oposto e a conquista
sexual assume papel importante em sua vida.
São honestos e sinceros em seus relacionamentos mais duradouros, porque para eles sexo é algo vital, insubstituível, mas o objeto sexual em si não é merecedor de tanta atenção depois de satisfeito desejo.
Psicologicamente, os filhos de Xangô apresentam uma alta dose de energia e uma enorme auto-estima, uma clara consciência de que são importantes, dignos de respeito e atenção, principalmente, que sua opinião será decisiva sobre quase todos os tópicos - consciência essa um pouco egocêntrica e nada relacionada com seu real papel social. Os filhos de Xangô são sempre ouvidos; em certas ocasiões por gente mais importante que eles e até mesmo quando não são considerados especialistas num assunto ou de fato capacitados para emitir opinião.
Porém, o senhor de engenho que habita dentro deles faz com que não aceitem o questionamento de suas atitudes pelos outros, especialmente se já tiverem considerado o assunto em discussão encerrado por uma determinação sua. Gostam portanto, de dar a última palavra em tudo, se bem que saibam ouvir. Quando contrariados porém, se tornam rapidamente violentos e incontroláveis. Nesse momento, resolvem tudo de maneira demolidora e rápida mas, feita a lei, retornam a seu comportamento mais usual.
Em síntese, o arquétipo associado a Xangô está próximo do déspota esclarecido, aquele que tem o poder, exerce-o inflexivelmente, não admite dúvidas em relação a seu direito de detê-lo, mas julga a todos segundo um conceito estrito e sólido de valores claros e pouco discutíveis. É variável no humor, mas incapaz de conscientemente cometer uma injustiça, fazer escolha movido por paixões, interesses ou amizades.
Os filhos de Xangô são extremamente enérgicos, autoritários, gostam de exercer influência nas pessoas e dominar a todos, são líderes por natureza, justos honestos e equilibrados, porém quando contrariados, ficam possuídos de ira violenta e incontrolável.
São honestos e sinceros em seus relacionamentos mais duradouros, porque para eles sexo é algo vital, insubstituível, mas o objeto sexual em si não é merecedor de tanta atenção depois de satisfeito desejo.
Psicologicamente, os filhos de Xangô apresentam uma alta dose de energia e uma enorme auto-estima, uma clara consciência de que são importantes, dignos de respeito e atenção, principalmente, que sua opinião será decisiva sobre quase todos os tópicos - consciência essa um pouco egocêntrica e nada relacionada com seu real papel social. Os filhos de Xangô são sempre ouvidos; em certas ocasiões por gente mais importante que eles e até mesmo quando não são considerados especialistas num assunto ou de fato capacitados para emitir opinião.
Porém, o senhor de engenho que habita dentro deles faz com que não aceitem o questionamento de suas atitudes pelos outros, especialmente se já tiverem considerado o assunto em discussão encerrado por uma determinação sua. Gostam portanto, de dar a última palavra em tudo, se bem que saibam ouvir. Quando contrariados porém, se tornam rapidamente violentos e incontroláveis. Nesse momento, resolvem tudo de maneira demolidora e rápida mas, feita a lei, retornam a seu comportamento mais usual.
Em síntese, o arquétipo associado a Xangô está próximo do déspota esclarecido, aquele que tem o poder, exerce-o inflexivelmente, não admite dúvidas em relação a seu direito de detê-lo, mas julga a todos segundo um conceito estrito e sólido de valores claros e pouco discutíveis. É variável no humor, mas incapaz de conscientemente cometer uma injustiça, fazer escolha movido por paixões, interesses ou amizades.
Os filhos de Xangô são extremamente enérgicos, autoritários, gostam de exercer influência nas pessoas e dominar a todos, são líderes por natureza, justos honestos e equilibrados, porém quando contrariados, ficam possuídos de ira violenta e incontrolável.
Cozinha
ritualística
Caruru
Afervente o camarão seco, descasque-o e passe na máquina de moer. Descasque o amendoim torrado, o alho e a cebola e passe também na máquina de moer. Misture todos esses ingredientes moídos e refogue-os no dendê, até que comecem a dourar. Junte os quiabos lavados, secos e cortados em rodelinhas bem finas. Misture com uma colher de pau e junte um pouco de água e de dendê em quantidade bastante para cozinhar o quiabo. Se precisar, ponha mais água e dendê enquanto cozinha. Prove e tempere com sal a gosto. Mexa o caruru com colher de pau durante todo o tempo que cozinha. Quando o quiabo estiver cozido, junte os camarões frescos cozidos e o peixe frito (este em lascas grandes), dê mais uma fervura e sirva, bem quente.
Afervente o camarão seco, descasque-o e passe na máquina de moer. Descasque o amendoim torrado, o alho e a cebola e passe também na máquina de moer. Misture todos esses ingredientes moídos e refogue-os no dendê, até que comecem a dourar. Junte os quiabos lavados, secos e cortados em rodelinhas bem finas. Misture com uma colher de pau e junte um pouco de água e de dendê em quantidade bastante para cozinhar o quiabo. Se precisar, ponha mais água e dendê enquanto cozinha. Prove e tempere com sal a gosto. Mexa o caruru com colher de pau durante todo o tempo que cozinha. Quando o quiabo estiver cozido, junte os camarões frescos cozidos e o peixe frito (este em lascas grandes), dê mais uma fervura e sirva, bem quente.
Ajebô
Corte os quiabos em rodelas bem fininhas em uma Gamela, e vá batendo eles como se estivesse ajuntando eles com as mãos, até que crie uma liga bem Homogênea.
Corte os quiabos em rodelas bem fininhas em uma Gamela, e vá batendo eles como se estivesse ajuntando eles com as mãos, até que crie uma liga bem Homogênea.
Rabada
Cozinhe a rabada com cebola e dendê. Em uma panela separada faça um refogado de cebola dendê, separe 12 quiabos e corte o restante em rodelas bem tirinhas,
junte a rabada cozida. Com o fubá, faça uma polenta e com ela forre uma gamela, coloque o refogado e enfeite com os 12 quiabos enfiando-os no amalá de cabeça para baixo.
Cozinhe a rabada com cebola e dendê. Em uma panela separada faça um refogado de cebola dendê, separe 12 quiabos e corte o restante em rodelas bem tirinhas,
junte a rabada cozida. Com o fubá, faça uma polenta e com ela forre uma gamela, coloque o refogado e enfeite com os 12 quiabos enfiando-os no amalá de cabeça para baixo.
Lendas de
Xangô
A Justiça de Xangô
Certa vez, viu-se Xangô acompanhado de seus exércitos frente a frente com um inimigo que tinha ordens de seus superiores de não fazer prisioneiros, as ordens era aniquilar o exército de Xangô, e assim foi feito, aqueles que caiam prisioneiros eram barbaramente aniquilados, destroçados, mutilados e seus pedaços jogados ao pé da montanha onde Xangô estava. Isso provocou a ira de Xangô que num movimento rápido, bate com o seu machado na pedra provocando faíscas que mais pareciam raios. E quanto mais batia mais os raios ganhavam forças e mais inimigos com eles abatia. Tantos foram os raios que todos os inimigos foram vencidos. Pela força do seu machado, mais uma vez Xangô saíra vencedor. Aos prisioneiros, os ministros de Xangô pediam os mesmo tratamento dado aos seus guerreiros, mutilação, atrocidades, destruição total. Com isso não concordou com Xangô.
- Não! O meu ódio não pode ultrapassar os limites da justiça, eram guerreiros cumprindo ordens, seus líderes é quem devem pagar!
E levantando novamente seu machado em direção ao céu, gerou uma série de raios, dirigindo-os todos, contra os líderes, destruindo-os completamente e em seguida libertou a todos os prisioneiros que fascinados pela maneira de agir de Xangô, passaram a segui-lo e fazer parte de seus exércitos.
Certa vez, viu-se Xangô acompanhado de seus exércitos frente a frente com um inimigo que tinha ordens de seus superiores de não fazer prisioneiros, as ordens era aniquilar o exército de Xangô, e assim foi feito, aqueles que caiam prisioneiros eram barbaramente aniquilados, destroçados, mutilados e seus pedaços jogados ao pé da montanha onde Xangô estava. Isso provocou a ira de Xangô que num movimento rápido, bate com o seu machado na pedra provocando faíscas que mais pareciam raios. E quanto mais batia mais os raios ganhavam forças e mais inimigos com eles abatia. Tantos foram os raios que todos os inimigos foram vencidos. Pela força do seu machado, mais uma vez Xangô saíra vencedor. Aos prisioneiros, os ministros de Xangô pediam os mesmo tratamento dado aos seus guerreiros, mutilação, atrocidades, destruição total. Com isso não concordou com Xangô.
- Não! O meu ódio não pode ultrapassar os limites da justiça, eram guerreiros cumprindo ordens, seus líderes é quem devem pagar!
E levantando novamente seu machado em direção ao céu, gerou uma série de raios, dirigindo-os todos, contra os líderes, destruindo-os completamente e em seguida libertou a todos os prisioneiros que fascinados pela maneira de agir de Xangô, passaram a segui-lo e fazer parte de seus exércitos.
A Lenda da Riqueza de Obará
Eram dezesseis irmãos, Okaram, Megioko, Etaogunda, Yorossum, Oxé, Odí, Edjioenile, Ossá, Ofum, Owarin, Edjilaxebora, Ogilaban, Iká, Obetagunda, Alafia e Obará. Entre todos Obará era o mais pobre, vivendo em uma casinha de palha no meio da floresta, com sua vida humilde e simples.
Um dia os irmãos foram fazer a visita anual ao babalaô para fazer suas consultas, e prontamente o babalaô perguntou: Onde está o irmão mais pobre? Os outros irmão disseram-lhe que avia se adoentado e não poderia comparecer, mas na verdade eles tinham vergonha do irmão pobre. Como era de costume o babalaô presenteou a cada irmão com uma lembrança, simples, mas de coração e após a consulta foram todos a caminho de casa. Enquanto caminhavam, maldiziam o presente dado pelo babalaô, Morangas? Isso é presente que se dê? Abóboras? .
A noite se aproximava e a casa de Obará estava perto, resolveram então passar a noite lá. Chegando a casa do irmão, todos entraram e foram muito bem recebidos, Obará pediu a esposa que preparasse comida e bebida a todos, e acabaram com tudo o que havia para comer na casa. O dia raiando os irmãos foram embora sem agradecer, mas antes lhe deixaram as abóboras como presente, pois se negavam a come-las.
Na hora do almoço, a esposa de Obará lhe disse que não havia mais nada o que comer, apenas as abóboras que não estavam boas, mas Obará pediu-lhe que as fizesse assim mesmo. Quando abriram as abóboras, dentro delas haviam várias riquezas em ouro e pedras preciosas e Obará prosperou.
Tempos depois, os irmãos de Obará passavam por tempos de miséria, e foram ao Babalaô para tentar resolver a situação, ao chegar lá escutaram a multidão saldando um príncipe em seu cavalo branco e muitos servos em sua comitiva entrando na cidade, quando olharam para o príncipe perceberam que era seu irmão Obará e perguntaram ao Babalaô como poderia ser possível e ele respondeu: Lembram-se das abóboras que vos dei, dentro haviam riquezas em pedras e ouro mas a vaidade e orgulho não vos deixaram ver e hoje quem era o mais pobre tornou-se o mais rico.
Foram então os irmãos ao palácio de Obará para tentar recuperar as abóboras e lá chegando, disseram a Obará que lhes devolvessem as Abóboras e Obará assim o fez, mas antes esvaziou todas e disse: Eis aqui meus irmãos, as abóboras que me deram para comer, agora são vocês que as comerão. E quando o babalaô em visita ao palácio de Obará lhe disse: Enquanto não revelares o que tens, tu sempre terás. E foi assim que se explica o motivo que quem carrega este Odú não pode revelar o que tem pois corre o risco de perder tudo, como os irmãos de Obará.